Jane Austen é uma importante escritora/romancista inglesa nascida em 16 de Dezembro de 1775, em Steventon, Inglaterra, cuja escrita marca a passagem do Neoclassicismo para o Romantismo.
Seu pai, o clérigo George Austen (1731-1805), incentivava os oito filhos, inclusive as duas meninas, a estudarem. A mãe da escritora, Cassandra Austen (1739-1827), escrevia versos satíricos. Desta forma, Jane vivenciava um universo rural e clerical, mas rodeada também pela arte e pelo conhecimento.
Quando ainda era criança, escreveu novelas para a familia, em parte publicadas em Love and Friendship and Other Early Works (1922). E com a idade de 20 anos, já tinha atingido uma certa maturidade artística.

Da sua vida sentimental apenas se sabe e não existem provas, de um breve amor juvenil com Thomas Lefroy (parente irlandês de uma amiga de Austen), aos 20 anos. Em janeiro do ano seguinte, 1796, escreveu à sua irmã dizendo que tudo havia terminado, pois ele não podia casar por motivos económicos. Anos mais tarde aceitou o pedido de casamento do jovem Harris Bigg-Wither, porém no dia seguinte mudou de ideias. Ao que consta a sua irmã Cassandra (1773-1845) após a sua morte, destruiu algumas das suas cartas e eliminou trechos de outras, com o intuito, ao que parece de preservar a privacidade de Jane Austen.
Na produção literária desta autora são considerados dois periodos: de 1796 a 1798 em que escreveu Sense and Sensibility (Sensibilidade e Bom Senso), o seu pai enviou a obra para uma editora que a recusou. Com a morte do pai, em 1805, a escritora, juntamente com a mãe e a irmã, foi morar em Southampton. Quatro anos depois mudaram-se para a vila de Chawton.

Página de título da 1ª edição de “Orgulho e Preconceito”
Foi nessa época que o seu irmão Henry (1771-1850) entrou em contacto com editores na tentativa de publicar as obras da irmã. Sense and Sensibility (Sensibilidade e Bom Senso) em 1811, foi publicado pela primeira vez, de forma anónima, sem o nome da autora. Em 1813 o livro Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito) foi publicado com bastante sucesso.
Com a escrita de Mansfield Park em 1814, Emma em 1816 e Pesuasion (Persuasão) em 1818, todas as obras da autora eram um sucesso e bem vistas pela critica e, tiveram inclusive elogios de George IV, o Principe regente; no entanto continuavam a ser publicadas de forma anónima, pois naquela época, as mulheres não eram respeitadas, na sociedade pelas suas capacidades intelectuais.
Assim o nome Jane Austen era desconhecido do grande público, quando, em 1816, a escritora teve os primeiros sintomas da doença de Addison que foi a causa da sua morte em 18 de Julho de 1817, em Winchester. Só depois da sua morte, a autoria dos seus romances foi divulgada.
Os romances de Jane Austen, oferecem o privilégio através da sua leitura, da imaginária visualização pelo detalhe nas descrições das narrativas esplendorosas dos locais e momentos vivenciados, onde o amor, o casamento e a dependência financeira das mulheres na época estão evidenciadas.

A história Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito) mostra a maneira com que a personagem Elizabeth Bennet lida com os problemas relacionados à educação, cultura, moral e casamento na sociedade aristocrática do início do século XIX, na Inglaterra. Elizabeth é a segunda de 5 filhas de um proprietário rural na cidade fictícia de Meryton, em Hertfordshire, não muito longe de Londres.
Apesar de a história se ambientar no século XIX, tem exercido fascínio mesmo nos leitores modernos, continuando no topo da lista dos livros preferidos e sob a consideração da crítica literária. O interesse atual é resultado de um grande número de adaptações e até de pretensas imitações dos temas e personagens abordados por Jane Austen.
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Fontes fotográficas/conteúdo: Bertrand.pt, Mundo Educação, Britannica, The Guardian