O Vinho do Porto remonta aos séculos III e IV, onde se encontram vestígios de prensas manuais por toda a região do Douro.
Devido ao rápido crescimento das exportações de vinho, a designação “Porto” só começa a existir na segunda metade do século XVII.A aliança luso-britânica durante períodos de guerra com outros países gerou um grande interesse por este vinho português específico, à medida que as transações comerciais aumentavam entre ambos os países.
Algodão inglês por vinho português. Com este comércio, começaram a surgir outros problemas, como dúvidas sobre manipulação de preços e adulteração do produto.

Em 10 de setembro de 1756, foi fundada a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, para assegurar a qualidade do produto, evitar adulterações, equilibrar produção e comércio, e estabilizar preços.
Foi então que se iniciou o primeiro “marcação das quintas”. Foram colocados 355 marcos de pedra para garantir que apenas os vinhos feitos a partir de uvas da mais alta qualidade, todas colhidas dentro desta área marcada, fossem exportados para Inglaterra.
Devido a pragas ocorridas na segunda metade do século XIX, essa área marcada teve que ser expandida. Esta mudança levou ao estabelecimento do regime de comércio livre.

Com o início do regime de comércio livre em 1856, surgiram novas práticas de preparação do terreno, mudaram-se os métodos de plantio da vinha, e foram selecionadas as melhores castas regionais para enxertia.

Durante o tempo de João Franco, o controverso Primeiro-Ministro de D. Carlos, foi assinado um decreto.Este decreto regulamentaria a produção, venda, exportação e inspeção do vinho do Porto. Foi feita uma nova demarcação da área do Vinho do Porto, incluindo agora a região do “Douro Superior”.
A exportação só poderia ser feita através do Porto de Leixões (localizado em Matosinhos, Porto) e de Barra do Douro. Esta área só seria expandida novamente em 1926 para incluir Vila Nova de Gaia como um centro exclusivo para armazenamento e envelhecimento do vinho.

Porto de Leixões, 1906
Nesta fase, ficou estabelecido que apenas vinhos com um teor alcoólico mínimo de 16,5% poderiam ser considerados como Porto.
Em 1933, foi fundada a Guilda dos Exportadores de Vinho do Porto, uma associação formada para garantir disciplina comercial.Os registos vitivinícolas foram atualizados e, com base na localização, características do terreno, variedades de uva e idade das vinhas, o Instituto do Vinho do Porto atribui anualmente a cada proprietário de vinha uma autorização para produzir uma quantidade específica de diferentes tipos de Vinho do Porto. Preço também fica definido.

Após 1974, a Guilda mudou de nome para Associação das Empresas de Vinho do Porto, onde algumas das empresas começaram a investir na compra de novas terras e na exportação direta, uma prática não vista desde 1926.
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